Povo unido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Por Dom Alberto Taveira Corrêa

Encerradas as Solenidades Pascais, a sabedoria da Igreja nos faz refletir, rezar e viver a partir de realidades professadas pela nossa fé, a saber, a Santíssima Trindade, o Corpo e o Sangue de Cristo e o Sagrado Coração de Jesus. Primeiro contemplamos, como se estivéssemos diante de um grande , a Santíssima Trindade, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. O olhar da fé nos conduz depois à Eucaristia, instituída por Jesus antes de sua Paixão, para enfim nos extasiarmos com o Mistério de seu Coração, quando nossa realidade tão humana e limitada penetra no amor infinito que pede igualmente amor, malgrado nossas inúmeras limitações. Encerradas as Solenidades Pascais, a sabedoria da Igreja nos faz refletir, rezar e viver a partir de realidades professadas pela nossa fé, a saber, a Santíssima Trindade, o Corpo e o Sangue de Cristo e o Sagrado Coração de Jesus. Primeiro contemplamos, como se estivéssemos diante de um grande , a Santíssima Trindade, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. O olhar da fé nos conduz depois à Eucaristia, instituída por Jesus antes de sua Paixão, para enfim nos extasiarmos com o Mistério de seu Coração, quando nossa realidade tão humana e limitada penetra no amor infinito que pede igualmente amor, malgrado nossas inúmeras limitações.

Com certa frequência encontro, entoada em nossas Paróquias e Comunidades, um canto tão antigo quanto verdadeiro nas palavras que nos fazem renovar os compromissos cristãos: “Eu confio em Nosso Senhor com fé, esperança e amor! Creio em Deus, uno, trino e eterno, que criou o céu, a terra e o mar, sou católico, firme e sincero, a meu Deus aprendi a adorar. Eu espero salvar a minha alma, com o auxílio da graça de Deus, cumprirei sempre os Dez Mandamentos, que abrem as portas do céu. Amo a Deus sobre todas as coisas e lhe dou este meu coração, amo o próximo como a mim mesmo, pois o próximo é nosso irmão”.

Já ouvimos muitas vezes e professamos com convicção, que Deus não é solidão, mas família trinitária, Pai e Filho e Espírito Santo. Três pessoas unidas eternamente no amor infinito, do qual somos chamados a participar, tanto que “a Igreja toda aparece como «um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Lumen Gentium, 4).

Somos convidados a repetir, com o Papa São Paulo VI: “Cremos em um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – Criador das coisas visíveis – como este mundo, onde se desenrola nossa vida ageira -, Criador das coisas invisíveis – como são os puros espíritos, que também chamamos anjos -, Criador igualmente, em cada homem, da alma espiritual e imortal. Cremos que este Deus único é tão absolutamente uno em sua essência santíssima como em todas as suas demais perfeições: na sua onipotência, na sua ciência infinita, na sua providência, na sua vontade e no seu amor. Ele é aquele que é, conforme ele próprio revelou a Moisés (cf. Ex 3,14); ele é Amor como nos ensinou o Apóstolo São João (cf. 1Jo 4,8); de tal maneira que estes dois nomes – ser e amor – exprimem inefavelmente a mesma divina essência daquele que se quis manifestar a nós e que, habitando uma luz inível (cf. 1Tm 6,16), está, por si mesmo, acima de todo nome, de todas as coisas e de todas as inteligências criadas. Só Deus pode dar-nos um conhecimento exato e pleno de si mesmo, revelando-se como Pai e Filho e Espírito Santo, de cuja vida eterna somos pela graça chamados a participar, aqui na terra, na obscuridade da fé, e, depois da morte, na luz sempiterna. As relações mútuas, que constituem eternamente as Três Pessoas, sendo, cada uma delas, o único e mesmo ser Divino, perfazem a bem-aventurada vida íntima do Deus Santíssimo, infinitamente acima de tudo o que podemos conceber à maneira humana. Entretanto, rendemos graças à Bondade divina pelo fato de poderem numerosíssimas pessoas de fé dar testemunho conosco, diante dos homens, sobre a unidade de Deus, embora não conheçam o mistério da Santíssima Trindade. Cremos, portanto, em Deus Pai que desde toda a eternidade gera o Filho; cremos no Filho, Verbo de Deus que é eternamente gerado; cremos no Espírito Santo, Pessoa incriada, que procede do Pai e do Filho como Amor sempiterno de ambos. Assim nas três Pessoas Divinas que são igualmente eternas e iguais entre si, a vida e a felicidade de Deus perfeitamente uno superabundam e se consumam na superexcelência e glória próprias da Essência incriada; e sempre se deve venerar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade” (cf. Homilia do dia 30 de junho de 1968).

Foi proposital a transcrição do texto de São Paulo VI, sugerindo que todos nós o rezemos com a mesma convicção e força!

No dia do Batismo, recebemos três presentes. A fé, certeza daquilo que não se vê, é o primeiro presente, e se expressa no seguimento de Jesus Cristo, professando o que a Igreja professa e testemunhando com nossa vida, diante de todos. Segundo presente é a esperança, a certeza de que nossa vida neste mundo tem sentido, e que somos chamados à plenitude da eternidade, sabendo que esta esperança não nos ilude, como afirmamos a cada o do Ano Jubilar. A fé encontrará sua realização nas portas da eternidade, na visão beatífica que nos é prometida. Também a Esperança será alcançada, mas o terceiro presente, o amor de caridade será levado para a eternidade, como a linguagem permanente e superabundante da comunhão com Deus, uno, trino e eterno!

Até lá, vivemos a fé, professando as verdades que nos foram reveladas por aquele que é Caminho, Verdade e Vida, Nosso Senhor Jesus Cristo, e confiadas à Igreja. Enquanto esperamos a sua vinda gloriosa, anunciaremos sua morte e ressurreição, infundindo esperança em nossos corações e no próprio mundo. No dia a dia, cabe-nos amar a Deus de todo o coração, amar o próximo como a nós mesmos e amar-nos reciprocamente, para praticar o mandamento novo de Jesus, para que o mundo creia!

Cotidianamente, tendo sido batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, iniciaremos nossos dias, trabalhos e orações em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e daremos Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, nas orações e na vida!

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